Oriente-se

Gohan – o arroz oriental

Gohan é o que há de mais essencial na culinária japonesa. Base da alimentação diária do país, os japoneses costumam dizer que “sem arroz não dá para viver”. Para se ter uma idéia da importância do arroz para culinária nipônica, ele é consumido em todas as refeições, inclusive no café da manhã. Se o japonês tiver gohan, missoshiru (sopa à base de soja) e peixe, já é uma refeição completa.

O arroz japonês é diferente do arroz brasileiro, o “agulhinha”. A principal diferença está no formato dos grãos. Em relação ao arroz agulhinha, o japonês tem o grão mais arredondado. Quando comparada a textura dos arrozes, o gohan é bem diferente do arroz conhecido por aqui. Depois de cozido, o gohan deve ter liga e ficar soltinho ao mesmo tempo. Quem não conhece pode estranhar, mas o gohan carrega a ambigüidade de manter liga sem ficar empapado. Aliás, o arroz empapado é inaceitável para o japonês. Segundo Tsuyoshi Murakami, chef do Restaurante Kinoshita em São Paulo, a textura ideal do arroz japonês está na soma desses elementos. “Cada grão de arroz é grudado no outro, mas você vê que cada um tem a sua história”, conta.

Chamado de nihon mai, o arroz japonês é de uma variedade asiática que precisa ser plantada em charcos, com muita água. O nihon mai é também um alimento de importante significado na cultura nipônica. Durante séculos o arroz foi usado como moeda no país. Os salários dos samurais eram pagos com arroz e senhores feudais tinham sua riqueza calculada por seus estoques de arroz. Até hoje lutadores de sumô são simbolicamente premiados com arroz. Mesmo a palha do arroz é considerada sagrada. No xintoísmo, religião nativa do Japão e base do folclore do país, cordas feitas de palha de arroz são usadas para demarcar locais, árvores e pedras onde acredita-se que haja uma divindade.

Há dois tipos de nihon mai: um de grãos curtos e arredondados, e outro de grãos mais longos (chamado de “catete”, parecido com o “agulhinha” só que mais curto). No Brasil vendem-se os dois tipos de arroz japonês, que vêm do interior de São Paulo ou do Rio Grande do Sul, e também há os importados do Uruguai e dos Estados Unidos.

O arroz japonês tradicionalmente é cozido sem sal ou temperos (alguns, por gosto pessoal, põem uma pitada de sal) e deve ficar meio úmido e “grudadinho”.

 

 

 

 

Adaptado de http://www.culturajaponesa.com.br/ e http://www.vamoscomer.com.br/

Fonte:. Yuzuan / Comi um Japa.

Luci Júdice Yizima

Jornalista e Fotógrafa
lucijornalismo@hotmail.com
(11) 99738-7200

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