Acontece Exposição

Pavilhão Japonês abriga exposição Bancos Indígenas do Brasil

Índio Mayawari da tribo Mehinako terra indígena do Xingu em Mato Grosso destaca a integração com o japoneses. (Foto: Luci Judice Yizima)

O Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera recebe a exposição Bancos Indígenas do Brasil com formatos da fauna brasileira, que apresenta cerca de 70 peças da coleção BEI que prossegue até 05 de agosto. Ao comemorar os 110 anos da chegada dos primeiros imigrantes japoneses no Brasil, a exposição apresenta e homenageia as relações entre duas culturas que compartilham um intenso sentido de integração com a natureza, traduzido pelo uso sustentável da madeira.

 

Sergio Fingermann, índio Mayawari, Eduardo Ribeiro, Leo Sussumu Ota. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

Índio Mayawari celebra a união dos povos. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

Para o índio Mayawari  da tribo Mehinoko da terra indígena do Xingu em Mato Grosso destaca a integração com o japoneses. “Nós temos muitas coisas em comum como o respeito à natureza, o uso responsável da madeira”, elogia. “Os bancos são extraídos das árvores como Piranheira, Sucupira, Moreiras e outras árvores, queremos ser referência em arte designer em bancos de madeira”, ressalta Mayawari.

 

Os bancos são extraídos das árvores como Piranheira, Sucupira, Moreiras e outras árvores. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

“Queremos ser referência em arte designer em bancos de madeira”, diz Mayawari. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

E completa, “as nossas bandeiras tem as mesmas cores, nós usamos o urucum para colorir de vermelho nas manifestações culturais em nossa aldeia. Os japoneses tem o vermelho como um dos elementos da natureza, o sol na bandeira”.

 

Artesanto da tribo Mehinako da terra indígena do Xingu em Mato Grosso. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

Pulseira produzida de de sementes. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

Bancos produzidos por povos de várias regiões do alto e baixo Xingu, sul da Amazônia, Tocantins, Norte do Pará, Mato Grosso, Guianas e Noroeste amazônico, a exposição constitui um olhar multicultural sobre a relação entre a matéria-prima e a obra final, o uso do material e sua preservação, a natureza e o fazer artístico.

 

Bancos de madeira com formato da fauna brasileira. (Foto: Luci Judice Yizima)

 

 

Nesse movimento de aproximação entre a arte indígena e a japonesa, os organizadores pretendem expor a forma como ambas, cada um a seu modo, cultivam o rigor e ao mesmo tempo que reverenciam a tradição, assimilam as transformações trazidas por nossa época – os índios, por exemplo, hoje usam ferramentas e introduzem inovações em sua arte, mas mantêm-se fiéis aos ensinamentos de seus antepassados.

 

Índio Mayawari mostra com orgulho o livro que conta a história do seu povo, a tribo Mehinako terra indígena do Xingu em Mato Grosso . (Foto: Luci Judice Yizima)

 

É significativo que a exposição da Coleção BEI de bancos indígenas se dê em 2018, quando se comemora os 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil. Da mesma forma, é notável que ela ocorra no Pavilhão Japonês no Ibirapuera, projeto de Sutemi  Horiguchi inspirado no Palácio Katsura e erguido em 1954 conforme técnicas tradicionais do Japão. A sincronicidade se completa com a exposição de outra seleção de bancos da coleção, que seguirão para Tóquio, onde ocuparão o Museu Teien, construção art déco que reflete a influência da arquitetura ocidental em território japonês no início do século XX.

 

 

Exposição Bancos Indígenas do Brasil

Período: 9 de junho a 5 de agosto de 2018

Visitação: quarta, sábado, domingo e feriado

Horário: das 10h às 17h

 

Local: Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera (próx. ao Museu Afro e Planetário)

Acesso: Portão 3 e 10 – Av. Pedro Álvares Cabral

Entrada Gratuita

Luci Júdice Yizima

Jornalista e Fotógrafa
lucijornalismo@hotmail.com
(11) 99738-7200

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