Comecei a escrever, as Nipônicas, no tradicional, mas não mais em atividade, São Paulo Shimbun, em maio de 1996, com o intuito de exercitar minha escrita visto que, nessa época, pretendia publicar o meu primeiro livro (O Sequestro).
No começo, apesar de a impressão ter sido mais para entreter o leitor, na verdade, sutilmente, sempre procurei dar uns toques sobre cidadania. Veja pelo título do primeiro: “De Saquinho e Pazinha na Mão”. Uma indireta aos donos de pets que levavam os seus a passear em locais públicos. Cheguei até a levar bronca de uma leitora, dona de um, mas acho que saí no lucro… rs
Mas daí, por ficar sendo conhecido, assim como conheci mais a fundo nossa comunidade nipo-brasileira, nada mais natural que passasse a também inclui-la em meus textos. Depois, para estendê-la ao Brasil… e até ao mundo, foi um processo natural.
Como também gostava de desenhar, essas minhas críticas… digo… esses meus temas, passei a fazê-los também via charges, da mesma forma com humor… e também incisivos… rs.
Como os fazia semanalmente, tinha de ficar atento a tudo que ocorria no mundo. Por isso, muitas grandes personalidades políticas do mundo começaram também a aparecer em minhas seções como, Idi Amin, Kim Jong Il, Saddam Hussein, George Bush, Renan Calheiros, Junichiro Koizumi, Yasser Arafat, etc., mas também, as mais recentes, como FHC, Temer, Dilma, Lula e… Trump, lógico!
Sempre os tratei iguais… pelo meu ponto de vista… rs, até porque as assinava, né… E também participei de manifestações relativas e, em alguns casos, até os levei em eventos de karaokê… rs
Nunca, nesses 30 anos, mesmo lidando dessa forma na mídia, fui censurado. Nem mesmo entre nós, “simples mortais”, a não ser naquela única vez pela dona do pet, e logo na minha estreia como articulista.
Todo esse rodeio foi apenas para mostrar que, óbvio, não concordo com a afirmação de Lula de que “os traficantes são vítimas dos usuários!”, e que também não me surpreendeu, ainda mais depois de todo esse tempo protagonizando muitas das minhas Nipônicas e charges.
Bem como não seria o caso de inverter, aqui, me chamando de “vítima” pela alegação de que o agredi nesses anos todos… o que não significa que não tenha sido “vítima”, isto sim, dos atos dele. Né, não?!
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