São Paulo recebe o maior evento gastronômico japonês do mundo “26º Festival do Japão”

Para você que é fã e grande apreciador da gastronomia japonesa, não pode perder o maior espetáculo em gastronomia japonesa fora do Japão, o “Festival do Japão 2025″ que acontece de 11 a 13 de julho no São Paulo Expo na zona Sul de São Paulo. Em um ano emblemático: celebram-se os 130 anos do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão, que inaugurou uma relação construída com base no respeito e na troca entre os povos. Desde a chegada dos primeiros imigrantes em 1908, essa história compartilha capítulos de superação, recomeços e vínculos profundos que hoje se refletem na força da comunidade nikkei e na diversidade cultural celebrada no evento.

Com dezenas de estandes coordenados por associações de províncias japonesas, o espaço apresenta receitas autênticas passadas por gerações. “Cada prato conta uma história de família, e uma memória afetiva de cada província”, explica Mauro Tada, coordenador da área. A cozinha japonesa, com seus sabores, técnicas e simbolismos, transforma-se em uma porta de entrada do ocidente no oriente — e um ponto de encontro entre as gerações.

Estande do Ikoi-No-Sono traz muitos sabores. (Foto: Luci Júdice Yizima)

Nesta 26ª edição, o público é convidado a vivenciar uma programação inclusiva, intergeracional e plural, pensada para acolher diferentes públicos e valorizar a ancestralidade em diálogo com o presente. Um grande time de voluntários atua com um propósito comum: fortalecer os laços culturais e promover experiências que conectam tradição e atualidade.

Praça de Alimentação diversificada com memória afetiva e muito saborosa. (Foto: Luci Júdice Yizima)

Logo na entrada, o público é recebido pelo bon’odori, dança coletiva que representa a espiritualidade e o senso de comunidade nos festivais japoneses. Guiados pelo som dos taikos e pelos cantos do estilo min’yō, visitantes de todas
as idades se unem em um círculo onde passado e presente dançam juntos. “É um momento de união que emociona e acolhe”, diz Vinicius Sadao, que divide a coordenação da área com Tatsuaki Iida.

Criado inicialmente como uma proposta online durante a pandemia, o FJTAON se consolidou como um dos espaços mais inovadores do evento. Em 2025, o estande contará com cerca de 60 artistas no Artist Alley, ativações como
karaokê, quiz, café temático e experiências visuais instagramáveis. “O FJTAON nasceu da vontade de oferecer algo novo para quem vive a cultura pop asiática de forma intensa e atual”, disse André Takase, gestor do segmento. Além de reunir jovens criadores e influenciadores, o espaço se destaca pelo compromisso com criatividade, sustentabilidade e representatividade.

Para o público infantil, a Área da Criança se mantém como um dos espaços mais afetivos do evento, com experiências sensoriais que aproximam as novas gerações da cultura japonesa de forma lúdica, educativa e acolhedora. “É uma herança afetiva que atravessa gerações”, define o coordenador Alexandre Takashi. Milton Nakabayashi e Juliana Ohashi também lideram a área.

Também dedicado ao tempo e às relações entre gerações, o Espaço Longevidade oferece oficinas, serviços gratuitos de saúde, jogos tradicionais e rodas de conversa, com foco na qualidade de vida e no bem–estar do público
60+. “No Japão, o respeito ao idoso é mais do que um valor: é uma honra”, destaca William Maki Suzuki, responsável pela área.

A tradição do Budo, o caminho marcial, ganha vida com apresentações e workshops de Judô, Kendo, Naginata e Kobudo. “Transmitimos os valores de respeito, disciplina e perseverança que estão na essência do Budo”, resume Akira Saito, que cuida da área de artes marciais.

Na Alameda Literária, autores e autoras descendentes de asiáticos compartilham suas narrativas com o público em sessões de autógrafos e bate–papos. “Buscamos obras que compartilham vivências, memórias e olhares
sobre identidade, pertencimento e representatividade”, relatam os curadores Paula Cabral e Victor Okada.

O Palco Principal do Festival do Japão 2025 reúne 52 atrações em uma programação que equilibra tradição e contemporaneidade. Ao longo dos três dias, os destaques incluem os cantores Zenkyo Ogawa e Keiko Yoshimura, a
banda NerdChore, o Concurso de Desenho Nipo–Brasileiro, além de danças, taiko e artes marciais. “A programação é montada como um grande mosaico que representa a pluralidade da cultura japonesa”, destaca Rodrigo Hiroaki
Kawashita, coordenador da área.