Colunas Krônicas

Aulas de música e teatro nas escolas?

Recentemente, recebi postagem, via whatsapp, de uma enquete sobre o tema-título desta. Não entrei no debate, apesar de remetido ao Japão de quando meu filho frequentou escola de lá, porque perderia o tema para esta seção… rs. E olha que fui remetido também à adolescência, de quando frequentei uma escola japonesa (nihongakkou) no Brasil.
Começarei por ela, até porque foi muito, muito antes.
Segundo caçula de sete irmãos, sem convivência com avós, meu conhecimento de nihongô era péssimo, apesar de nossos pais terem se esforçado ao nos falar mais na língua pátria deles do que na nossa. Para compensar, tão logo mudamos para São Paulo, matricularam seus três filhos menores (eu, incluso) nesse nihongakkou.
Por não saber bem o japonês, o que mais gostava era das aulas de desenho. Até hoje guardo alguns, da época. Mas tinha também música, teatro (gakugeikai) e gincanas esportivas (undoukai). Gostava dessa variedade que não tinha na escola “brasileira”.
Dito isso, volto ao Japão do filho na escola de lá.
Não sei bem se essas matérias do tema fazem parte do currículo escolar de lá, mas o que me chamou a atenção foram os kurabu (clubes) que todos alunos, desde o primeiro grau, eram obrigados a escolher um e a frequentá-lo. Tinham os de música, teatro, comunicação, futebol, vôlei, judô, dança, culinária, etc. E, lógico, orientadores do grupo docente para eles.
Por também estar frequentando uma faculdade acabava, naturalmente, comparando ambos. E o que reparei é que os tais kurabu, de alguma forma, se estendiam às universidades.
Para se perceber as benesses dessa continuidade preciso lembrar que as escolas incentivam seus alunos a praticá-los de forma coletiva, como os do kurabu comunicação, geralmente incumbidos pelas notícias internas, via jornalzinho, ou rádio instalado nas mesmas. Sem contar que cansei de ver alunos da faculdade de música ensaiando por todo campus da universidade, justificando, para mim, a presença de tantos jovens em orquestras sinfônicas pelo país. E assim por diante.
Ou seja, sou plenamente a favor… e dessa forma ainda mais abrangente!

 

Silvio Sano

- ARQUITETO, pela Univ. Mackenzie (1974), tendo como auge o projeto executivo da arquibancada superior do Estádio Santa Cruz (Recife), em 1981/82; ESCRITOR (sete livros, um dos quais: Corinthians, 100 Anos - Gols Ilustrados); COLUNISTA e CHARGISTA, desde 1996; JORNALISTA, com MTb desde 2012; e, COMPOSITOR (haicais e versões em português de músicas estrangeiras);
- conhece o Japão por quatro óticas diferentes (bolsista, 1975; lua-de-mel, 1980; Univ. Nagoya, 1985/87; e. decasségui, 1989/92);
- um dos administradores dos sites Nikkeyweb e Portal Oriente-se.
- Palestrante (tema atual: Konflitos Nikkeis, mesmo após mais de um século);
- tem páginas no Facebook, Twitter, Instagram e canal no Youtube
- email: silvio.sano@yahoo.com

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