Colunas Krônicas

Esperando o dia amanhecer…

Engraçado. Só recentemente comecei a me achar uma pessoa preocupada, olha só, com o destino da Humanidade. Se bem que, pensando cá com meus botões (baú e, atualmente, arquivos… rs), conclui que isso, na verdade, vem se formando em mim desde criança.
Nada a ver… mas também tudo a ver, com como iniciei, já adulto, o parágrafo de uma de minhas krônicas: “quando criança achava que padre não pecava, professor sabia tudo, médico curava qualquer doença, policial não roubava, etc., etc… até que um dia eu cresci…
Pois é. Querendo comprovar isso, pelo baú, encontrei poemas e desenhos relativos meus de quando tinha 16 a 18 anos, e pela memória, recordei atos meus e de outrem, relacionados ao tema em questão, que me emocionaram.
Como uma que me marcou profundamente, que foi a inesperada cena final do filme Planeta dos Macacos, com a revelação de para onde nós, Humanidade, estávamos indo… ou, no filme, fomos!
Aquilo me bastou! Por isso nunca me interessei em assistir Planeta II, III ou sei lá quantas continuidades teve.
O filme foi baseado em um romance publicado na época da guerra do Vietnã e, portanto, inspirado também nela. Aliás, inspiração a muitos poetas e compositores… inclusive a mim, saindo da adolescência, que compus: ”Criança tão feliz/Guerra no Vietnã/A flor que murchou/O sol volta a raiar/ Façam o amor/Não a guerra/Beba Coca-Cola/Suita não engorda/ Pecador na igreja/O meu romance acabou/O mundo é tão lindo/Louco eu sou!” (1969).
Quem… da minha geração, não se recorda do “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, com referência, novamente, à guerra do Vietnã?
Pois é… guerras!
Não à toa, ao menos cinco grandes cientistas/inventores se arrependeram de suas criações, como Robert Oppenheimer e Albert Einstein (bomba atômica), Arthur Galston (agente laranja), Mikhail Kalashnikov (fuzil AK-47) e Alfred Nobel (dinamite).
Por isso também, revendo a História da Humanidade, concordo com Erich Hartmann, já citado aqui, de que… “A guerra é o lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam, se matam por decisão de velhos que se conhecem, se odeiam, mas não se matam!
Isso tem me “pegado” de jeito desde sempre. Por isso, não me foi difícil compor “Esperando o dia amanhecer”  (https://www.youtube.com/watch?v=_flptozQqgo&list=UUWgH6xeGW2yNzcdhFHUAsQw&index=32), versão em português que fiz da conhecida música japonesa “Tokiwa nagaretemo”, à qual inseri a história de um parente do Japão, mas que teve final feliz, diferentemente do meu personagem.
E o engraçado, outra vez, é que, com a atual guerra, vendo militantes extremistas de esquerda… e também de direita fazendo o que gostam de fazer, em vez de, pela primeira vez, se unirem em prol do bem comum (Humanidade), fico com a impressão de que, até por minha idade, o que me resta é também simplesmente “esperar o dia amanhecer!”
Até porque… “Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada, mas a IV, com certeza, será com paus e pedras!” (Albert Einstein)… tal qual o Planeta dos Macacos. Né, não?!

Silvio Sano

- ARQUITETO, pela Univ. Mackenzie (1974), tendo como auge o projeto executivo da arquibancada superior do Estádio Santa Cruz (Recife), em 1981/82; ESCRITOR (sete livros, um dos quais: Corinthians, 100 Anos - Gols Ilustrados); COLUNISTA e CHARGISTA, desde 1996; JORNALISTA, com MTb desde 2012; e, COMPOSITOR (haicais e versões em português de músicas estrangeiras);
- conhece o Japão por quatro óticas diferentes (bolsista, 1975; lua-de-mel, 1980; Univ. Nagoya, 1985/87; e. decasségui, 1989/92);
- um dos administradores dos sites Nikkeyweb e Portal Oriente-se.
- Palestrante (tema atual: Konflitos Nikkeis, mesmo após mais de um século);
- tem páginas no Facebook, Twitter, Instagram e canal no Youtube
- email: silvio.sano@yahoo.com

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